BEM-VINDO A ESTE ESPAÇO DEDICADO A PAIS E EDUCADORES

Aqui, neste espaço virtual você poderá encontrar informações que ajudem a modificar a sua relação e a sua intervenção no desenvolvimento de sua criança.


Conversando com a Luiza



Conversando sobre crianças amplia seu espaço e convida você a interagir com a psicóloga Maria Luiza Barbosa.

Faça perguntas e envie comentários.

Clique aqui!

As respostas serão postadas na Seção "Conversando com Amigos"

segunda-feira, 6 de julho de 2009

PARA QUE BRINCAR COM OS FILHOS ?

Pablo me dizia que quando não tinha nada para fazer, surgiam uns pensamentos repetitivos, que lhe traziam preocupações com seu futuro e com a integridade física de seus pais. Pablo queria se livrar destes pensamentos, eles invadiam sua mente sem serem convidados e transformavam sua tranqüilidade em agitação motora, sensação de desmaio, dores de cabeça.

Ele conseguia retomar o equilíbrio apenas quando um de seus pais estava a seu lado, para garantir-lhe segurança.

O mais interessante é que estes pensamentos tão ameaçadores ocorriam apenas quando estava em casa, sem nada de interessante para fazer, já que estava proibido de entrar no computador durante os dias da semana, e na televisão, os programas eram repetidos ou muito chatos. Fácil identificar traços de ansiedade nas dificuldades relatadas por Pablo, mas por que?
Observa-se hoje em dia, crianças com pouca capacidade de simbolização, conseqüência de infâncias pobres em brincadeiras. Não existem mais quintais, as pré-escolas estão preocupadas com a aprendizagem formal da criança e no lugar de tanque de areia, pneus, cordas, bolas entre outros objetos lúdicos, colocam suas crianças sentadinhas na frente de folhas e lápis para aprenderem o quanto antes, ler e escrever.

No brincar observa-se um divórcio entre o brinquedo e o uso que a criança faz dele, é verdade que a brincadeira acaba surgindo a partir da forma ou do material, mas isto não é determinante, pois a realidade efetiva do jogo se exprime pelo emprego do brinquedo. A criança é capaz de utilizar quaisquer objetos para brincar, pois o essencial não tem a ver com o objeto, que serve apenas de mediador entre a realidade e a imaginação.

Para isso a criança precisa ter sido ensinada e estimulada ao jogo de faz de conta. Os pais têm uma função primordial nestas aquisições, eles são “o mundo” destas crianças, e elas estão prontas para reproduzir o que eles fazem. No desenvolvimento da criança, a reprodução da brincadeira dará lugar à criação do seu espaço lúdico, e a conquista da autonomia. Da autonomia para preencher o seu próprio vazio, com atividades criativas e produtivas.

Poucos são os pais que brincam com seus filhos e poucas são as escolas que realmente valorizam a brincadeira. Não estou falando da quantidade de brinquedos que as crianças possuem, muito menos da tecnologia avançada de tais brinquedos, nada é mais importante do que pais que brincam com seus filhos. Mais tarde os filhos serão capazes de brincarem sozinhos ou em grupo, com um repertório aprendido e transformado em seu próprio repertório, garantindo assim a autonomia.

É claro que, as estruturas egóicas são complexas, mas brincar é imprescindível para promover a saúde mental de qualquer ser humano.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

PARA AS FÉRIAS...

Passear no shopping e comer na praça de alimentação não deveria ser a programação constante de pais e filhos, perguntem-se o que isto acrescenta na vida de uma criança ? A única possibilidade que vejo é a de estimular o desejo e treinar para o consumo, além é claro, de acreditar que toda comida tem o mesmo sabor !
Pode-se promover diversão com pouco espaço e ainda estimular o desenvolvimento psicoafetivo e psicomotor das crianças.
O trabalho com argila, massinha ou até a confecção de papel machê estimula a capacidade de observação, pois as crianças necessitam de modelos para criarem novos modelos. A flexibilidade diante das possibilidades e das dificuldades da utilização do material, desenvolve habilidade para achar novas saídas diante de situação-problema. Também ajuda a desenvolver habilidades motoras como coordenação motora fina, coordenação visomotora, controle do tônus muscular, assim como habilidades para planejar e antecipar conseqüências.
Para quem quiser inovar, segue a receita para a confecção do papel machê: um rolo de papel higiênico, 10 a 15 colheres de sopa cheias de cola branca, 4 colheres de vinagre, 3 colheres de sopa de talco. Pique em pedaços pequenos, o rolo de papel higiênico e deixe de molho em um balde com água e vinagre, de um dia para o outro. Escorra a água e fique com a massa de papel, que deve ser bem espremida. Faça uma farofa da massa (pode usar processador) e acrescente a cola e o talco até adquirir consistência.
A massa pode ser utilizada para fazer pequenos brinquedos, caixinhas e pode ser usada em cima de papéis para produzir cartões.