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Aqui, neste espaço virtual você poderá encontrar informações que ajudem a modificar a sua relação e a sua intervenção no desenvolvimento de sua criança.


Conversando com a Luiza



Conversando sobre crianças amplia seu espaço e convida você a interagir com a psicóloga Maria Luiza Barbosa.

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quinta-feira, 25 de março de 2010

A PALAVRA SECRETA



Minhas crianças adoram o jogo Palavra Secreta, da Grow, mesmo aquelas, que tem dificuldade na leitura e escrita adoram o desafio de descobrir a palavra.
São cartas que apresentam uma fórmula para a criança desvendar, por exemplo:
garfo – fo + girafa – gi o resultado é garrafa.
A idéia proposta pelo jogo pode ser aproveitada como referência e permite que pais, educadores e as próprias crianças joguem usando apenas lápis, papel e criatividade, inventando suas próprias fórmulas.
Esta brincadeira é uma atividade mental bastante eficiente na educação e na reeducação de crianças, assim como na reabilitação de doenças degenerativas.
Achar a palavra resultado da fórmula apresentada requer atenção; exige memória, que depende do bom funcionamento da atenção para armazenar informações e utilizá-las quando evocadas; linguagem, pois exigirá conhecimento de ortografia e funções executivas fazendo funcionar o raciocínio lógico.
O jogo também tem uma função social onde a criança encontra motivos para participar de maneira dinâmica, construindo seu aprendizado.
É importante ter consciência de que a atividade lúdica também resultará no crescimento intelectual das crianças, por isso é necessário incentivar a brincadeira.



quinta-feira, 18 de março de 2010

ESTRATÉGIAS DE MANEJO DO COMPORTAMENTO AGITADO EM SALA DE AULA

Comportamento agitado em sala de aula pode ser conseqüência de um transtorno do déficit de atenção e hiperatividade ou até mesmo da dificuldade dos pais em educar seus filhos. O que eu sei é que entre os educadores é freqüente a queixa de impotência e frustração, pois uma criança agitada afeta não apenas a dinâmica da sala, mas também o seu próprio processo de aprendizagem.



Existem livros sobre o transtorno, que abordam estratégias para o manejo do comportamento inadequado, que podem ajudar os educadores a trabalhar com os alunos diagnosticados ou agitados “sem causa”. Pode-se encontrar o assunto também em revistas especializadas ou não especializadas, sites e outras fontes.



As orientações encontradas são geralmente generalizadas e superficiais, o que requer do profissional conhecimento e muita criatividade para “inventar” suas próprias técnicas para redirecionar o comportamento da criança para a situação vivenciada.



Aqui vão duas estratégias que podem ser utilizadas em sala de aula, com o objetivo de desenvolver no aluno uma auto-observação e auto-reforço, com expectativa de resultado.



Colocar na mesa da criança três cartões nas cores vermelho, amarelo e verde, com as cores voltadas para baixo. Toda vez que desejar chamar a atenção para seu comportamento inadequado ou adequado, virar o cartão: vermelho para inibir o comportamento, amarelo para buscar outra forma de agir, e verde seria a aprovação do comportamento.



Outra estratégia com cartões é utilizada na execução de tarefas, pois a criança agitada acaba cometendo muitos erros por causa da desatenção. Cartões com ilustrações e com poucas palavras podem alertar a criança para não esquecer a acentuação das palavras, os sinais de uma operação ou que se certifique que não pulou questão, página e outros cuidados para garantir um bom resultado ou para minimizar falhas.



As pistas não verbais podem ser de grande ajuda para professora e aluno. De uma forma lúdica a educadora auxilia na organização e direcionamento das atividades e o aluno não vê sua imagem ameaçada pelos fracassos.

quinta-feira, 11 de março de 2010

PARTICIPANDO DO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO


A criança começa a se interessar pelas letras e pela composição das palavras bem antes de ir para a escola. Os pais devem estar atentos e proporcionar atividades que estimulem a reflexão sobre o sistema alfabético, pois como afirmam as educadoras Ana Teberosky e Teresa Colomer, o desenvolvimento do aluno se dá “por reconstruções de conhecimentos anteriores, que dão lugar a novos saberes”.
Gostaria de dar algumas sugestões para os pais, não apenas de crianças em processo de alfabetização na escola, como para aqueles, que tem filhos com menos de sete anos de idade.
Para começar, ler para a criança é imprescindível, assim como permitir que ela manuseie livros, já que a aprendizagem nos primeiros anos de vida é sensório-motora. Inicialmente, use livros ilustrados, com pouco texto, aponte para as figuras e explore bem o vocabulário: diga o nome, a cor, o tamanho, conte a história, e numa outra leitura mude a história. Acrescente personagens e situações, encoraje a criança a fazer perguntas e a falar sobre a história que acabou de ouvir, proponha que ela crie novas situações ou que adivinhe o que pode acontecer com os personagens. Associe as coisas do livro com o seu dia-a-dia e provoque curiosidade dizendo: vamos descobrir o que isto significa? Existem dicionários infantis ilustrados com personagens do mundo da criança, com definições claras e objetivas, como o Aurelinho. Além disso, deixe sempre à disposição lápis preto e colorido, giz de cera e papel.
Quando for passear, inclua no programa uma livraria, algumas permitem que a criança folheie os livros, mostre para ela a variedade de assuntos, se puder compre um livro, e principalmente, leia você mesmo, para que sirva de exemplo.
A alfabetização não se restringe apenas ao ato de ler e escrever como uma habilidade mecânica. Alfabetização envolve a capacidade de interpretar, compreender, criticar, resignificar e produzir conhecimento, elementos de inclusão social.
Crianças amplamente alfabetizadas demonstram maior habilidade de adaptação à realidade.

quinta-feira, 4 de março de 2010

OFICINA DE CULINÁRIA


A cozinha pode ser uma grande “sala de aula” para a aprendizagem informal da matemática, pois a criança trabalha com o conceito de números, medida, quantidade e causalidade.
Um exemplo para ilustrar a aprendizagem numa oficina de culinária, é o preparo de um bolo, que não necessita de forno.
Numa folha de papel pardo fixada na parede, as crianças puderam ler a receita. Alguns ingredientes, como nozes pecan, elas desconheciam, então antes que começassem a executar a receita, elas experimentaram todos os ingredientes, mesmo os que já conheciam: os damascos, as nozes, o biscoito maisena, e os pedaços de chocolate.
Depois da degustação, as crianças fizeram uma breve investigação em livros de culinária e na internet, sobre a origem de tais ingredientes, assim esta etapa da oficina se transformou numa “sala de aula” de estudos sociais e de ciências.
Mas a hora mais esperada pelas crianças era a de colocar a mão na massa. Elas seguiram a receita à risca, pesaram e mediram, misturaram e amassaram, colocaram na forma e finalmente cortaram o bolo e se deliciaram com o resultado do trabalho.
Elas não foram embora sem antes copiar a receita e dizer que iriam fazer em casa para sua família.
As oficinas promovem muitas experiências e possibilitam descobertas, elementos fundamentais no processo de aquisição do conhecimento. As crianças são estimuladas a refletir sobre as atitudes que contribuem para o sucesso do resultado, e descobrem que planejamento e preparação são fundamentais para o bom desempenho, e com isto alcançar êxito.
As atividades culinárias promovem também coordenação motora, ao manipular ingredientes e utensílios, e as percepções gustativa, olfativa, visual e tátil.
Como podem ver com os dois exemplos de oficinas, a de confecção de brinquedos e esta de culinária, a aprendizagem é a forma como as crianças adquirem conhecimentos, desenvolvem competências e modificam o comportamento, em função das suas descobertas.
Este processo é facilitado nas oficinas, pelo interesse das crianças pelas atividades propostas.