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Aqui, neste espaço virtual você poderá encontrar informações que ajudem a modificar a sua relação e a sua intervenção no desenvolvimento de sua criança.


Conversando com a Luiza



Conversando sobre crianças amplia seu espaço e convida você a interagir com a psicóloga Maria Luiza Barbosa.

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quinta-feira, 26 de novembro de 2009

CENAS DO COTIDIANO


Certa vez estava esperando o elevador no Centro Clínico da Av. Ana Costa, um edifício de profissionais da área da saúde, e no hall estavam outras pessoas, incluindo uma criança de mais ou menos oito anos, e sua mãe. Quando a porta se abriu, havia pessoas no seu interior, inclusive uma senhora numa cadeira de rodas e sua acompanhante. Mas para a criança, a campainha de aviso de chegada do elevador deve ter soado como uma campainha de luta de boxe, na qual o lutador fica completamente “obcecado” em atacar...a criança simplesmente “atacou” e foi abrindo espaço entre as pessoas que saíam do elevador, mas acabou sendo barrada pela cadeira de rodas com a senhora e sua acompanhante, entaladas no espaço entre o piso do elevador e o piso do hall. Se avançassem, atropelavam a criança que parecia decidida a não arredar o pé, afinal de contas ela queria entrar, e por outro lado, para a criança avançar tinha que passar por cima da senhora na cadeira de rodas e da acompanhante, a não ser que essa chegasse um pouco mais para a esquerda.

Coitada da mãe! Sua voz era tão fraquinha diante do poder de seu filho, que ele não escutava seus apelos para dar licença.

Por fim, a senhora na cadeira de rodas e sua acompanhante venceram a luta, também elas eram duas!


É lamentável observar atitudes de desrespeito às normas básicas para a convivência em sociedade.
Presenciamos todos os dias um desrespeito generalizado, crianças, jovens, adultos homens e mulheres infringindo leis simples, baseadas no bom senso e na lógica: é preciso esvaziar para encher!
Creio que uma das explicações para tamanha crise de conduta seja a falta de autoridade.
Para ser um adulto adequado, é necessário ter sido uma criança que recebeu e incorporou valores culturais, sociais e éticos, transmitidos por aqueles que reconhecidamente tinham um lugar de autoridade em suas vidas: os pais.
É frequente o desejo dos pais serem os melhores amigos dos filhos, mas isso é um equívoco. Ao se posicionarem como igual, a mãe ou o pai, perdem o lugar de autoridade. Não apenas daquele que coloca limites e regras, mas aquele que detém conhecimento para poder ensinar.
Ora, se os filhos não reconhecem seus pais como detentores do saber, muito pouco podem fazer as regras e normas estabelecidas informal ou formalmente, para conter necessidades e desejos, que para o bom funcionamento do grupo, devem ser adiados.
Os tempos mudaram, mas pai e mãe continuam tendo função estruturante no desenvolvimento de um indivíduo estruturado.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

CRIANÇAS ENTRE 3 E 7 ANOS


Pais e educadores devem estimular e orientar as crianças dessa faixa etária, a atividades que tomam forma de jogos funcionais e de imaginação.
Para brincar com uma criança, ou com um grupo de crianças, de forma espontânea ou organizada é necessário espaço. Portanto, é importante um espaço reservado para o brinquedo, que permita à criança ter o máximo de liberdade nos seus movimentos e possibilidades variadas de “fazer de tudo”, inclusive brincar com tinta, água, areia, e outros materiais que são permitidos “apenas na casa dos outros”.
Depois de estabelecido o local da brincadeira, deve-se pensar em oferecer um material que permita a livre expressão da criança como: bolas de diferentes tamanhos, pedaços de madeira, cordões de diferentes tamanhos, cordas de pular, sacolas ou caixinhas cheias de grãos (exemplo feijão, grão de bico), caixas vazias, retalhos de tecidos, etc.
O objetivo principal é permitir à criança alcançar conhecimento através da vivência corporal, desenvolvendo com prazer a motricidade espontânea e a linguagem.

Da vivência, a criança passa para a capacidade de perceber o mundo a sua volta, e assim representá-lo mentalmente.
Dessa forma garante-se um meio favorável para o desenvolvimento das potencialidades cognitivas da criança, e o ajustamento psico-social.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

"É PROIBIDO PROIBIR"


Lembram-se da frase "É Proibido Proibir" ?


Estas foram palavras de ordem das décadas de 60 e 70, do movimento hippie.


Pelo que vemos hoje em dia, boa parte dos pais não conseguem controlar seus filhos, porque eles mesmos acreditam que tudo são direitos e nada é dever, herança da luta pela liberdade.


É lamentável que as pessoas confundam o poder de impor limites necessários à educação, para a convivência em sociedade com o exacerbamento deste poder, ditado apenas pelo desejo de se impor a qualquer custo.


Os pais tem medo de exercer qualquer poder sobre seus filhos, seja ele justo e necessário.


A criança torna-se civilizada através da aprendizagem de regras e limites, e isto não quer dizer que é só dizer “não”, os pais devem ser firmes e constantes no estabelecimento de normas, e principalmente, se conscientizar que a autoridade parental é legítima.


Fala-se muito sobre a falência da instituição familiar, mas pouco se entende porque isto está acontecendo. A sociedade moderna exige que sejamos produtivos e consumidores, e para isso devemos investir muito no nosso trabalho. Essa mesma sociedade prega um descompromisso com todas as tradições e incita as pessoas a viver de maneira oposta às escolhas de seus pais.


Pai e mãe ficam por muito tempo longe de seus filhos, e acabam se sentindo impossibilitados para educa-los, transferindo a responsabilidade para cuidadores e educadores, o que parece não resolver o problema.


A falta de autoridade já estabeleceu o absurdo...crianças comandam e determinam de que jeito querem as coisas, pais obedecem e procuram não frustrar seus pequenos, com medo de causarem traumas e deixarem de ser amados por eles.


Para que vocês tenham idéia de como a coisa está feia é só olhar o sucesso das séries televisivas tipo Supernanny.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

OBESIDADE INFANTIL


Existem controvérsias sobre a definição da obesidade infantil, mas sabe-se que envolve fatores genéticos, nutricionais, endócrinos e sedentarismo.
O que vemos hoje em dia é a substituição de alimentos saudáveis por pizzas, sanduíches, salgadinhos, que além de mais rápidos para serem preparados estimulam a produção de células de gordura.

O melhor é a prevenção, que começa em casa e continua na escola. Noções de educação alimentar, a prática de atividade física e esporte, além do preparo de receitas criativas e coloridas, com a participação da criança ajudam muito na criação de um novo conceito de refeição.

A obesidade infantil é um fator de risco para a obesidade na vida adulta, causa de problemas cardiovasculares, hipertensão, diabetes e colesterol alto.

As dimensões corporais podem desencadear distúrbios psicológicos, como a baixa auto-estima. Observa-se que crianças entre seis e nove anos mostram menor propensão em unir-se com crianças obesas para quaisquer tipos de atividades sociais e recreativas. Surge a partir daí uma relação causa-efeito entre gordura e incapacidade.

O excesso de peso afeta negativamente a imagem corporal, interferindo na forma da criança pensar a respeito de si mesma.
O enfoque discriminatório pode gerar preconceito em relação à criança obesa, proporcionando dificuldades para relacionamentos sociais e afetivos.
A obesidade deve ser prevenida e corrigida, tendo em vista a saúde e a qualidade de vida.