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quinta-feira, 26 de novembro de 2009

CENAS DO COTIDIANO


Certa vez estava esperando o elevador no Centro Clínico da Av. Ana Costa, um edifício de profissionais da área da saúde, e no hall estavam outras pessoas, incluindo uma criança de mais ou menos oito anos, e sua mãe. Quando a porta se abriu, havia pessoas no seu interior, inclusive uma senhora numa cadeira de rodas e sua acompanhante. Mas para a criança, a campainha de aviso de chegada do elevador deve ter soado como uma campainha de luta de boxe, na qual o lutador fica completamente “obcecado” em atacar...a criança simplesmente “atacou” e foi abrindo espaço entre as pessoas que saíam do elevador, mas acabou sendo barrada pela cadeira de rodas com a senhora e sua acompanhante, entaladas no espaço entre o piso do elevador e o piso do hall. Se avançassem, atropelavam a criança que parecia decidida a não arredar o pé, afinal de contas ela queria entrar, e por outro lado, para a criança avançar tinha que passar por cima da senhora na cadeira de rodas e da acompanhante, a não ser que essa chegasse um pouco mais para a esquerda.

Coitada da mãe! Sua voz era tão fraquinha diante do poder de seu filho, que ele não escutava seus apelos para dar licença.

Por fim, a senhora na cadeira de rodas e sua acompanhante venceram a luta, também elas eram duas!


É lamentável observar atitudes de desrespeito às normas básicas para a convivência em sociedade.
Presenciamos todos os dias um desrespeito generalizado, crianças, jovens, adultos homens e mulheres infringindo leis simples, baseadas no bom senso e na lógica: é preciso esvaziar para encher!
Creio que uma das explicações para tamanha crise de conduta seja a falta de autoridade.
Para ser um adulto adequado, é necessário ter sido uma criança que recebeu e incorporou valores culturais, sociais e éticos, transmitidos por aqueles que reconhecidamente tinham um lugar de autoridade em suas vidas: os pais.
É frequente o desejo dos pais serem os melhores amigos dos filhos, mas isso é um equívoco. Ao se posicionarem como igual, a mãe ou o pai, perdem o lugar de autoridade. Não apenas daquele que coloca limites e regras, mas aquele que detém conhecimento para poder ensinar.
Ora, se os filhos não reconhecem seus pais como detentores do saber, muito pouco podem fazer as regras e normas estabelecidas informal ou formalmente, para conter necessidades e desejos, que para o bom funcionamento do grupo, devem ser adiados.
Os tempos mudaram, mas pai e mãe continuam tendo função estruturante no desenvolvimento de um indivíduo estruturado.

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