BEM-VINDO A ESTE ESPAÇO DEDICADO A PAIS E EDUCADORES

Aqui, neste espaço virtual você poderá encontrar informações que ajudem a modificar a sua relação e a sua intervenção no desenvolvimento de sua criança.


Conversando com a Luiza



Conversando sobre crianças amplia seu espaço e convida você a interagir com a psicóloga Maria Luiza Barbosa.

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As respostas serão postadas na Seção "Conversando com Amigos"

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

"JÁ É HORA DE DORMIR..."




Muitos pais cometem o erro de permitirem, e muitas vezes estimularem, que seus filhos venham dormir na cama deles. As justificativas para tal atitude são as mais variadas, e para que a criança não acostume a dormir com os pais, a rotina é a melhor “técnica”.

Ensiná-las a dormir sempre na mesma hora, na sua caminha, com seu bichinho de estimação as ajudará aceitar a separação como sendo parte da vida, evitando sentimentos de ansiedade e negociações desnecessárias.

A hora de dormir é vivenciada pela criança como a hora de se separar de seus pais, dos brinquedos, portanto aceitar esta hora é ganhar autonomia.

Normalmente as crianças sofrem à noite de medos: do escuro, de monstros, sofrem com seu mundo imaginário. Dormir sozinho é uma grande oportunidade para aprender a superar seus medos. Esta situação pode converter-se em independência e confiança em si mesma.

É claro que toda a regra, tem uma exceção. Em situações especiais, principalmente no caso de doenças, a proximidade com os pais trás conforto e segurança, e a cama dos pais é um “porto seguro”.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

O PODER TERAPÊUTICO DOS PETS NA INFÂNCIA




Juliana Santos encaminhou informações sobre o International Pet Meeting, que ocorreu no último dia quinze na sede da FIESP, em São Paulo.

O encontro abordou o poder terapêutico dos pets na infância, que contribuem para a redução da ansiedade, e até como estímulo do desenvolvimento da linguagem e de habilidades motoras.

Tenho acompanhado o crescimento de novas técnicas terapêuticas com crianças enfermas, e constatei que a utilização de animais como “objeto” intermediário no estabelecimento de vínculo afetivo apresenta respostas significativas.

Já existem algumas associações que trabalham pautadas nas teorias de vinculação e nas teorias das neurociências com bons resultados.
A Associação de Equoterapia, em Santos vem desenvolvendo um trabalho digno de nota.
A Equoterapia é um tratamento destinado aos deficientes físicos e mentais realizado com cavalos. Segundo a ONG a finalidade é desenvolver a coordenação motora e a auto-estima, superar limites e aprender com os aspectos emocionais, como medo e insegurança. Você pode saber mais sobre esta modalidade terapêutica no site da Associação Nacional de Equoterapia (www.equoterapia.org.br).

Temos visto também através dos meios de comunicação, a utilização de cães, coelhos e hamsters como variável motivadora no restabelecimento de crianças hospitalizadas. Os bichinhos recebem um tratamento adequado desde pequenos para que se relacionem com as crianças. Crianças deprimidas, gravemente enfermas conseguem demonstrar alegria e se sentem fortalecidas para suportar o tratamento.

O poder terapêutico dos pets não se restringe às crianças, hoje em dia pessoas que vivem sozinhas a idosos preenchem suas necessidades de “ser imprescindível” cuidando de seus bichinhos que funcionam como eternos “bebês”.


EDUCAR NOSSOS FILHOS, NÃO APENAS AGRADÁ-LOS...

Esta seção é dedicada às dúvidas mais freqüentes apresentadas pelos pais.

“Quando dizer não ?”
Ultimamente há uma grande permissividade no que diz respeito às faltas menos graves. Como se estas, por serem pequenas não tivessem significado e conseqüências. Muitos são os pais que dizem “mas ele ainda é pequeno, não entende”. Pois é a partir de pequenos atos de civilidade, que ensinamos as crianças o respeito pelo outro, pela sociedade, pela natureza... A pista para os pais dizerem “não”, é exatamente aquela em que a criança demonstra não ver, não sentir e não perceber certas regras, que fazem parte da humanização do homem.

“Ele não quer sair da frente da TV”
A TV não é obrigatoriamente um mal, e podemos torná-la uma aliada na educação. Devemos ter em mente três atitudes básicas: censurar certos programas (privando-nos também) e limitar o número de horas que a criança assiste a TV; substituir algumas dessas horas por atividades lúdicas (de preferência em companhia da família); e reservar um tempinho para assistir um programa com a criança e usar a situação para desenvolver nela uma postura crítica de espectador.

“Depois da separação, meu filho ficou agressivo”
O que posso dizer, com toda honestidade, é que há mais possibilidades de filhos de pais separados apresentarem problemas, mas não pelo fato deles serem separados, e sim porque na maioria das vezes fica uma situação mal resolvida entre o casal. Os filhos acabam sendo envolvidos, ou pior, acabam sendo usados para ferir o ex-cônjuge, acarretando problemas emocionais ou potencializando os já existentes.

“Ele não quer fazer a lição de casa”
Primeiramente a criança precisa ter rotina, criar hábito. A medida que ela internaliza esta conduta, irá desenvolver responsabilidade e compromisso com os deveres de escola.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

VOCÊ CUIDAVA DA SUA BONECA COMO SE FOSSE SEU BEBÊ ?


Imagina-se que as primeiras estatuetas de barro tenham sido feitas pelo Homo Sapiens há pelo menos 40 mil anos, para seus rituais.
No decorrer da história, há 5 mil anos no Egito, as estatuetas passaram a ser utilizadas como boneca. Representavam um mero mortal para diferenciar-se dos ídolos, esculpidas em madeira algumas tinham cabelo feito de contas ou de cabelo humano.
Na Grécia, as bonecas acompanhavam as meninas até o casamento, quando eram dedicadas a Afrodite, deusa do amor e da fertilidade.
Na Roma Antiga surgiram os bonecos que representavam soldados e na Idade Média, as bonecas eram usadas para apresentar criações de estilistas, que as enviavam às rainhas para que escolhessem seus modelos.
No século XX, as bonecas começaram a dar risada, a engatinhar e a falar, sendo a Barbie um marco revolucionário do conceito de boneca.
No Brasil em 1962, a Estrela lançou a Susi e seu limitado guarda-roupa, mas hoje já existem bonecas programadas eletronicamente, que pedem comida na hora certa e respondem à aproximação de alguém.

A evolução do conceito de boneca está intimamente relacionada com o momento da história, mas sua função no desenvolvimento infantil ainda é o mesmo: substituir pessoas reais. Assim a criança cria um mundo próprio, no qual repete experiências que ainda não dominou, experimenta sentimentos diferentes como amor, confiança, mas pode também sentir inveja, frustração ou rejeição. De maneira lúdica procura resolver problemas, encontrar soluções, realizações que no mundo real não lhe é permitido, e no dia a dia libera suas angústias e conflitos ativando um processo de crescimento sadio.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

PROBLEMAS DE APRENDIZAGEM: ALUNO OU ESCOLA ?


A escola atual, com frequência, desconsidera as diferenças individuais e está pouco aberta às diversidades, sendo muitas vezes, incapaz de adequar recursos e metodologias, principalmente aos alunos que requerem uma atenção individualizada

Hoje em dia, o que se espera é uma escola que rompa com modelos rígidos e inflexíveis dirigidos ao aluno médio, e que se questione sobre a eficácia de suas estratégias pedagógicas. Há necessidade de rever também, a capacitação dos profissionais que lidam diretamente com o aluno.

Desta maneira, abre-se uma discussão sobre a influência da escola na vida das crianças, e principalmente quando pensamos em crianças com dificuldades para a aprendizagem.

A educação vem sendo “medicalizada” (Collares, 1994), o que representa uma biologização dos problemas, como se todas as dificuldades pudessem ser explicadas e reduzidas a características individuais. Desta forma a aprendizagem e a dificuldade de aprender seriam algo individual, inerente ao aluno, ao qual o professor não tem acesso, muito menos responsabilidade.

O mais comum é encontrarmos diagnósticos centrados no aluno, chegando ao máximo aos pais; a instituição escolar, a política educacional não são questionadas.

Parece haver um “alívio” quando os diagnósticos são apresentados, já que eles justificam as dificuldades da criança avaliada.

Os professores, que deveriam ser também responsáveis por analisar e fazer intervenções para resolver ou minimizar os problemas pedagógicos de seus alunos, assumem uma postura defensiva, reconhecendo-se apenas como mediadores do conhecimento.

O que deveria ser objeto de reflexão e mudança no processo pedagógico acaba sendo ocultado, pela dificuldade localizada apenas no aluno.

MOTIVAÇÃO: ESTRATÉGIA PARA SALA DE AULA

Os recursos materiais devem atender aos objetivos e conteúdos pedagógicos, de modo a promover aprendizado.

Os recursos didáticos são facilitadores da aprendizagem e funcionam como material motivador e como apoio à aprendizagem, tornando a aula mais interessante e mais dinâmica.

Quero dividir com vocês uma atividade que estimula atenção e raciocínio lógico-matemático.

Confeccionar com os alunos dez placas circulares divididas em
pedaços iguais, como uma pizza.

É importante deixar um pequeno círculo no centro das placas para por um resultado.

A atividade segue as regras de um jogo de dominó, o professor deverá anunciar um resultado, por exemplo 20, e os alunos devem buscar as várias operações que resultam deste número, por exemplo 5x4, 40:2, 90-70, etc, para formar a placa.

Esta atividade pode ser usada como recurso para a aprendizagem de operações simples ou mais complexas, como equações.

Por volta dos sete anos a criança já é capaz de trabalhar de uma forma operatória, mas ainda não consegue raciocinar por simples proposição verbal, necessitando de elementos concretos, como a atividade proposta, que lhe permitam manipular e fazer essas relações.