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quinta-feira, 22 de outubro de 2009

CIÚME ENTRE IRMÃOS


Maria Clara ficou muito feliz com a chegada de seu irmãozinho, na época ela tinha três anos e seis meses, mas agora aos cinco anos de idade, Eduardo com um ano e seis meses passou a ser um problema em sua vida.

Ela manteve uma relação amistosa até agora, mas o irmão está tomando mais espaço do que ela pode suportar. A menina passou a ter um comportamento agressivo com Eduardo, muitas vezes colocando em risco a integridade física do irmão.

Um irmão pode ser muito bom quando companheiro das brincadeiras, nas trocas de experiências e na aprendizagem de habilidades sociais, mas pode ser um rival quando se trata de dividir a atenção, e mais problematicamente, o amor dos pais. Um irmão é capaz de desencadear sentimentos contraditórios de amor e ódio, de levar a comportamentos agressivos, com o objetivo de “eliminar” a ameaça, ou comportamentos regressivos, para provocar pena de quem se deseja atenção.

O ciúme entre irmãos é esperado, faz parte das aprendizagens necessárias ao desenvolvimento da socialização. A criança deve aprender a dividir, a esperar a sua vez e principalmente que ela não é a única na vida das pessoas.

Uma dinâmica familiar que permita a manifestação deste sentimento e boas conversas sobre o assunto, de forma que aponte para a criança ciumenta o que ela está sentindo, auxilia na elaboração de suas emoções.
Os pais também devem refletir se a forma como tratam seus filhos contribui para o ciúme.

É difícil encontrar pais que admitam que tem preferência, eles afirmam amar os filhos da mesma forma, mas parece impossível não reconhecer características que valorizam ou que repudiam, ou até de se reconhecer num dos filhos. Tudo isso parece normal, o importante não é amar igual, mas agir com justiça, sem regalias ou protecionismo. O tratamento privilegiado é uma das maiores fontes de ressentimentos.

O ciúme é um sentimento que faz parte das relações afetivas, ele surge diante do medo real ou imaginário de perder o amor da pessoa amada.
Crianças com falta de confiança no outro e/ou em si próprio estão mais suscetíveis a experimentar sentimentos exagerados. O ciúme revela a insegurança da criança em relação ao afeto dos que a cercam, e ela procura chamar a atenção para si ou “destruir” o objeto causador da sua perda.

É essencial que a criança aprenda que tem ganhos sendo compreensiva e que saber compartilhar o carinho das pessoas e até mesmo os brinquedos é recompensador, mas no caso da situação ficar insustentável, um profissional capacitado deve ser procurado.




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