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quinta-feira, 8 de outubro de 2009

NORMAL?????


O conceito de normalidade em psicologia é uma questão bastante discutível.
Quando se trata de alterações comportamentais extremas fica bem mais fácil identificá-las e classificá-las, mas quando não há diferenças significativas, fica bem mais difícil uma avaliação, até porque o conceito de normalidade impõe uma análise do contexto sociocultural, exige um estudo sobre a suposta alteração comportamental e o contexto social no qual ele acontece.
As culturas estabelecem uma norma ideal, que é supostamente “sadia” e esperam uma adaptação do indivíduo a tal norma. Isto ocorrendo, considera-se o indivíduo “normal”.
Chamo a atenção dos leitores deste artigo para a erotização da criança. Diferente de tratarmos do desenvolvimento da sexualidade infantil, já que ela faz parte de todos os estágios do desenvolvimento do indivíduo e que seguindo seu curso natural, terá uma função importante na construção das emoções, das relações sociais, da experimentação dos papeis feminino e masculino.
O acesso e a estimulação precoce da erotização queimam etapas do desenvolvimento, e acabam exigindo que a criança lide com o assunto sem o devido entendimento, adquirindo uma percepção alterada do próprio corpo: objeto de prazer, consumo e status social.
As estatísticas comprovam as conseqüências das distorções, aumento da gravidez precoce, aumento de casos de abuso e de violência sexual.
Um outro agravante sobre a questão é a aprovação dos pais para o uso de roupas inapropriadas para a idade, principalmente em meninas, escutar músicas e dançar coreografias sensuais, assistir programas de TV e filmes inadequados para a capacidade compreensiva da criança, já que teoricamente são dirigidos à pessoas maduras.
A escola também deve intervir com projetos educacionais que desenvolvam a capacidade crítica e reflexiva sobre o tema sexualidade.
Atualmente, observa-se entre as crianças um mal estar em ser “infantil” o que traz efeitos negativos no campo da maturação afetiva e social da criança.
Volto à idéia inicial do texto, em que a cultura estabelece uma norma supostamente “sadia”, e que a adaptação do indivíduo, autoriza sua “normalidade”. Deixo aos leitores a oportunidade de questionar normas culturais, e não simplesmente introduzi-las em suas condutas apenas para não ser “diferente”, mas talvez saudável.



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