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quinta-feira, 15 de outubro de 2009

BULLYING ENTRE CRIANÇAS E JOVENS


Paulo, 12 anos, durante o recreio foi jogado no latão de lixo por um grupo de colegas de classe. Isabela, 10 anos, circulou por alguns minutos pelo recreio com um cartaz grudado nas suas costas que dizia “baleia”. Marcos, 8 anos, teve sua calça puxada por colegas durante o recreio, de modo que suas nádegas ficaram expostas até que conseguisse se desvincilhar do grupo e puxá-la para cima. Patrícia, 9 anos, ficava sozinha durante o recreio, pois as colegas de classe diziam que ela era feia e filha de feirante.

Vejam a lista que caracteriza violência física e/ou psicológica conhecida como bullying:

Insultar sistematicamente.
Ataques físicos repetidos, contra a pessoa ou sua propriedade.
Danificar objetos pessoais de uma pessoa (material escolar, roupas, etc).
Espalhar rumores negativos.
Depreciar uma pessoa sem qualquer motivo.
Obrigar uma pessoa a fazer o que ela não quer, sob ameaça.
Colocar alguém em situação problemática ou conseguir uma ação disciplinar contra alguém, por algo que ela não cometeu.
Fazer comentários depreciativos sobre a família de uma pessoa, sobre o local de sua moradia, aparência pessoal, orientação sexual, religião, etnia, nível socio-econômico.
Isolamento social.
Usar as tecnologias de informação para pratica o cyberbullying (criar páginas falsas em site de relacionamento, publicar fotos, etc).
Chantagem.
Expressões ameaçadoras.
Grafitagem depreciativa.
Usar de sarcasmo.

O bullying não envolve necessariamente criminalidade ou violência, mas frequentemente funciona através de abuso psicológico, uma combinação de intimidação e humilhação.
Se pararmos para pensar, atitudes anti-sociais sempre existiram, quem não lembra de ter passado um recreio tomando lanche sozinho, pois os amiguinhos se uniram contra você e te isolaram por vinte minutos, quem não foi chamado de “quatro olhos” quando começou a usar óculos, que chegou em casa chorando, pois os colegas riram do seu jeitão de correr... Mas havia limites para estas “maldades” de criança. Havia supervisão dos pais e dos educadores e principalmente se valorizava os vínculos afetivos.
Além das causas identificadas por pesquisadores como violência doméstica, ausência de valores, de limites, de regras de convivência, observa-se falta de empatia nos modelos educativos.
A empatia é a capacidade que temos, ou deveríamos ter, de compreender a perspectiva psicológica das outras pessoas, ser capaz de se colocar no lugar do outro e entender suas reações emocionais.
O bullying é um tema que vem despertando o interesse, pois não se trata de ofensas “bobas”, podendo acarretar sérias consequencias ao desenvolvimento psíquico de crianças e de jovens, gerando desde de baixa auto-estima, até casos mais severos como o suicídio e outras tragédias.
O bullying ocorre mais em situações sem a supervisão de adultos, o recreio é convidativo à existência de comportamentos de intimidação. É necessário adotar estratégias como a oferta de atividades dirigidas por educadores treinados. Seria ótimo que durante o recreio fossem oferecidas oficinas não só com o objetivo de promover aprendizagem informal, mas também dinâmicas de grupo que desenvolvessem princípios de solidariedade, tolerância e respeito às diferenças.
No Brasil existe um projeto pioneiro, o “Programa Educar para a Paz”, desde agosto de 2002, que inclue o trabalho individualizado com os envolvidos em bullying, bem como o envolvimento de toda a escola, pais e a comunidade em geral. Para conhecer um pouco mais sobre este trabalho veja o vídeo no www.youtube.com.br

4 comentários:

  1. O bullying não ocorre somente na escola, eu fui vítima constante de meu irmão, com vários apelidos da minha infância, adolescência e até mesmo na fase adulta.
    Acredito que isso vêm da familia. Precisa haver um trabalho na família de conscientização.

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  2. eu ja fui vitima de bullyng dos meus colegas de classe.já me apilidarão de várias coisas e hoje eu acho que a maoria dos casos de bullyng acontece na na sala de aula.

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  3. Inclui se escreve com I e não com e (INCLUE).

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